Exames de anatomia patológica

Exames de Anatomia Patológica

A qualidade da assistência em Saúde está diretamente relacionada a diagnósticos precisos, rápidos e eficazes. Para alcançá-los, organizações investem cada vez mais na anatomia patológica para a identificação de inúmeras doenças, entre elas diversos tipos de câncer.

Trata-se de um tipo de especialidade médica, assim como a cardiologia e a anestesia. “Na patologia, o diagnóstico de doenças é feito por meio de exames macroscópicos e microscópicos realizados em amostras de células e tecidos”, explica Aloísio Souza da Silva, patologista do Grupo Fleury.

Exemplos de exames de anatomia patológica são papanicolau, pulsão de tireoide e análise de células cancerígenas. “Esses e outros procedimentos do tipo são realizados a partir de um fragmento de tecido, quando há necessidade de biópsia.

O tecido pode ser da mama, pele, fígado, tumor ou qualquer outro órgão do corpo”, ressalta Silva. De acordo com o médico, os fragmentos são chamados de amostras nobres.

O processo possui algumas etapas importantes. Primeiro é realizada a coleta da amostra, por meio de biópsia, aspiração, punção ou cirurgia. A identificação do material é o segundo passo. “A amostra precisa ter o nome do paciente e uma identificação dupla – data do nascimento e nome da mãe, por exemplo”, explica Silva.

Além disso, segundo o especialista, deve ser acompanhada do pedido médico com o máximo de informações possíveis do indivíduo, como sexo, idade, raça e localização da lesão. Nessa fase, um sistema de gestão baseado em checagem com código de barras traz mais segurança na identificação das amostras.

O armazenamento dos tecidos é feito em formol para preservar o material. Antes da análise, as amostras são tratadas e processadas da forma mais adequada para cada tipo de material. Se for um pedaço de tecido, por exemplo, pode ser fragmentado e colocado em blocos de parafina. Depois, são realizados os testes para definir o diagnóstico. Eles podem envolver cortes, coloração do tecido, exame macroscópico e microscópico. Somente então o laudo é emitido.

O documento deve conter as características do material recebido, seus achados e o possível diagnóstico. Além disso, o patologista precisa identificar se há ou não necessidade de exames complementares. Com a integração dos Sistemas de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System – PACS) e Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System – RIS), a ferramenta de reconhecimento de voz permite agilidade, já que o radiologista não precisa interromper a análise da imagem para digitar ou, ainda, transcrever, posteriormente, o laudo gravado.

Os hospitais que investem em centros de diagnóstico de anatomia patológica incentivam também a investigação multidisciplinar dos casos, já que o patologista, geralmente, atua em consonância com outros especialistas. Assim, os diagnósticos se tornam mais precisos e diminuem as chances de erros médicos. Mas, para isso, profissionalizar a gestão do departamento é fundamental. “De modo geral, há 30 ou 40 anos mal existia o acesso aos laboratórios de patologia. Era comum retirar apêndice e vesícula e não fazer exame nenhum. Hoje os hospitais ainda não estão 100% preparados”, explica Silva.

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